Vamos entender.
O fim da crise econômica? Com raríssimas exceções, o setor de prestação de serviços é sempre um dos primeiros a sentir os efeitos de uma crise econômica e muitas vezes o último a sair dela. Empresários deste setor sofrem exatamente por possuírem algumas características econômicas peculiares como:
Alto custo de mão de obra:
Geralmente super qualificada e exatamente por isso, muito mais cara do que a média do varejo ou indústria.
Taxas de produtividade decrescentes:
Em momentos de crise a queda do faturamento nunca é proporcional à redução dos custos de mão de obra, reduzindo com isto significativamente as margens de lucro.
Alto custo com impostos:
“Sabe-se lá” porque o governo brasileiro insiste em sobretaxar os prestadores de serviços com alíquotas muito superiores ao comércio ou indústria, como se o fato de não possuir custos de mercadoria ou de insumos fosse suficiente para elevar as margens dos prestadores de serviços a patamares muito superiores dos outros segmentos. A partir de 2018 por exemplo os prestadores de serviços enquadrados no Simples Nacional poderão pagar até 20% só de impostos sobre venda na maior faixa no anexo III, e não tem como correr para Lucro Real já que empresa de serviços tem pouco ou nenhum crédito de PIS/Cofins.
Mas a boa notícia é que apesar da tempestade que o setor de serviços tem passado nos últimos 2 anos os ventos parecem que estão começando a mudar. A produção industrial no país esta no início de um processo de recuperação; os números do varejo no primeiro trimestre deste ano já demonstram que o consumidor começou a voltar às compras; a inflação deve ficar perto da meta de 4,5% neste ano e a taxa de juros (Selic) deve virar o ano abaixo de dois dígitos segundo os economistas. Nem mesmo a atual crise política que insiste em não ir embora está conseguindo frear o otimismo dos investidores no mercado financeiro.
O que quero dizer é que talvez este seja o “ponto ótimo” para quem esta entrando no mercado de prestação de serviços ou que já está nele em termos de oportunidade! Hein? como assim Danilo? Afirmo isto porque este é o exato momento que o consumo das famílias esta iniciando o processo de recuperação, a indústria tímida mas decididamente está retomando os investimentos, e com isto, aquele cliente grande que o seu concorrente perdeu no início da crise esta novamente avaliando propostas.
E o que fazer?
Neste momento temos no país uma alta taxa de desemprego no setor de serviços, muitos destes profissionais são altamente qualificados e estão neste momento buscando uma recolocação em funções exatamente iguais as que exerciam antes. Em contrapartida muitos outros estão abrindo suas próprias empresas e estão empreendendo com sucesso em sua área de especialização. Neste momento em nosso país falta emprego, mas não trabalho!
Para quem já era empreendedor do setor de serviços antes desta crise econômica e conseguiu apertar os cintos e aguentar até aqui, é hora de respirar (já que o pior já passou). Rever o aprendizado deste período recente em termos de administração, finanças e marketing, pois como diz um antigo ditado “A necessidade é a mãe de todas as invenções” e com certeza se você colocar um olhar criterioso sobre o seu negócio vai perceber que provavelmente tirou alguns coelhos da cartola neste período de crise, e estes, podem e devem se transformar em processos de melhoria daqui para frente.
Deixo abaixo dois links para materiais que com certeza podem ajudar muito;
O primeiro é para os profissionais da área de serviços que pensam em empreender e abrir suas próprias empresas e o segundo é para empreendedores que precisam reduzir despesas de contabilidade, já que qualquer redução de custos e despesas é sempre bem vinda, especialmente em tempos de crise.
Você chegou até aqui e não é da área de serviços? Sem problemas, estou escrevendo um artigo com dicas para empreendedores do Comércio que deve ir ao ar na próxima semana. Por enquanto de uma espiadinha em nosso blog que esta recheado de conteúdos e materiais para você.
Venha conhecer o DNA Financeiro.